7 de julho de 2011

Um tapinha não dói?


Em mim dói, e em vc?
Agora imagine em uma criança.

O que vc sente quando leva um tapinha?
Raiva? Medo? Dor? Humilhação?
Uma criança também sente isso.

Se seu filho bate no coleguinha, como reprender?
Batendo nele? Lógico, ensinar a não bater batendo faz sentindo. Pra vc não? Pois é nem pra mim.
Eu nunca vi respeito e compreensão causar rebeldia, criar "marginais".
Agora, eu já vi muita gente ai que apanhava dos pais e viraram coisas ruim de todos os tipos.

EU VI, É A MINHA OPINIÃO.

Eu apanhava da minha mãe. Raras vezes, mas apanhava. E sentia raiva dela.
Não entendi o por que ela não podia sentar e me explicar onde eu errei ou o por que aqui não podia.
Quantas vezes no auge da raiva dela, meu irmão aprontava e eu apanhava. Quanta mágoa, que graças a Deus já é passado.

Vocês conhecem alguma criança que aprontou e apanhou, e depois nunca mais repetiu o ato? De primeira?
Vc conhece alguma criança que apanha e é comportada? Eu não, mas conheço as que temem os pais, e por isso ficam lá, ESTATUAS quando saem de casa.
Criança é bicho feliz, quer pula, que bagunça, que faz birra. São fases!
Vc tem que manter o controle sim, ensinar o certo e o errado, mas pra isso vc precisa de paciência.
O ato de BATER é o ato de descontar a raiva.

Respeito? Eu quero sim, mas NUNCA vou querer que o meu filho tema a mim.

Sabem, todo mês o meu marido diz: Amor, temos que economizar, não gaste mais com besteiras.
E eu? Todo mês vou lá e gasto (rs), desobedeço ele, faço algo que ele já havia me dito pra não fazer, agora imagine se ele me der uma palmadinha a cada fatura do cartão de crédito recebida?

Marido que bate em mulher, irmão que bate em irmão, enfim, é tudo igual, tudo é agressão. Porém, na criança é covardia, ela não pode se defender, ela não sabe fazer.

Um dia seu filho pode apanhar na rua e vc vai achar ruim? Mas por que? Vc também batia quando se frustava, o amigo só quis se impor e bateu nele, como a mãe dele também fazia. Vc entende o que eu digo?

Imagine vc nos seus 92 anos, gagazinha, com incontinencia urinária e seu filho farto de trocar os lençóis da cama, farto por que vc está sem apetite, ou e na sua "demencia" momentânea fez algo que não é certo, imagine o que ele vai fazer... conversar com vc, tentar ajuda-la, ou agredi-la? Dar uma palmadinha por cada erro, por cada deslize. Afinal, vc fazia isso com ele quando ele tinha 3 aninhos...

Ontem estavamos dicutindo sobre isso nos comentários de um blog, então fui chamada de modernininha, pois educo sem bater. Essa pessoa disse que "era chato ser moderninha", quando respondi a ela que chato era não evoluir ela me respondeu que esse ATO de educar sem agredir é retrogrado, do tempo dos nosso bisavos, então eu refleti e comentei: Pois é, e o ser humano não era bem melhor naquela época? Sem tanto tapinha ou beliscãozinho, sem agressões verbais que podem deixar traumas por toda vida, ele tinham respeito pelos mais velhos, pelo próximo, isso fez toda a diferença naquela geração.

Não é a toa que hoje estamos na geração da depressão / violência / abandono de incapaz.

Bater em criança é covardia, é crime.
Agressão física e verbal não educa.

Mãezinha, se você falhou em educar seu filho não bata nele, ele não tem culpa das suas frustações.
Bora lá, ler, se informar, conversar com profissionais, e educar com amor e respeito.

E na hora que vc sentir vontade de socar aquele serzinho lindo que vc trouxe ao mundo, coloque-o em um lugar seguro, corra para o seu quarto e soque o travesseiro. Quando a raiva passar, ai sim, vá até ele, abrace-o e explique o certo e o errado.

Bom, eu penso assim, agora podem me apedrejar ai nos comentários. Uma dicussão saudável por aqui sempre é vinda!

14 comentários:

Anônimo disse...

Olá penso assim,mas ao mesmo tempo as vezes perco a cabeça,ja dei 3 palmadas mais fortes no meu filho por coisas perigosa que ele fazia e nao adiantava falar resolveu,mas sou mesmo do castigo coloco no cantinho tiro coisas que ele gosta e resolve,tbm dou uns puxoes de orelha as vezes que ele nao quer me ouvir,ceto? sei que nao é mas é muito dificil de controlar,e quanto mais eles crescem mais dificil fica!conversa resolve na maioria das vezes ou castigo mas se for preciso bato sim prefiro eu fazer isso hj do que a vida amanha, Beijinhos

Steph Ciciliatti disse...

Eu fiquei num nervoso tão grande ao ler aquilo.

"Ah, mas eu dou uma tapinha na bundinha pra ensinar, pq meu filho com 10 meses faz birras".

Se a porra do tapa na bunda, elas acham que não doi, qual o intuito de dar? Pq na cabeça delas o tapa educa. Como educar com uma coisa que na cabeça delas a criança não sente?

Pode falar o que for, dar tapinha na bunda, dar tapinha na mão, é um ato egoista que serve SOMENTE para mostrar o quão essa pessoa não tem paciencia e é despreparada para cuidar de uma criança.


Eu apanhei quando era criança. Lembro de uma super surra que levei dos dois quando espalhei farinha pela casa toda. HAHAHA, ok. EU merecia um belo castigo, mas me bater daquele jeito só me fez ter medo. Tinha ódio deles por anos, consegui superar isso a pouco.

E se algum desconhecido desse um tapa na bunda do seu filho?
Voce ia ficar loca e querer matar a pessoa, não ia? Pq é errado os outros baterem no seu filho, quando a situação é pior na realidade. QUE A PROPRIA MAE/PAI bate no filho.
Entende a logica?

E nao me venham falar que eu to julgando e os caralhos. Nisso aí tem certo e errado sim. Bater é covardia e pronto. Nao se resolve NADA impondo medo na pessoa.

moderninha is the new xiita.

Dê Freitas disse...

Oi Dina, eu tô com você. Eu tenho horror ao termo "palmadas educativas", me soa ditatorial, rude, agressivo.

É ainda mais absurdo as pessoas acharem que crianças que não levam palmadas, são crianças mal educadas. Como se as palmadas fossem o corretivo ideal. Eu repreendo a Manuela sempre que ela faz coisa errada. Não dou mole as birras, mas tudo na base da conversa e outras técnicas. Exige muito mais paciência e dedicação, mas o que se espera da maternidade? É isso horas!

POstei sobre isso no blog outro dia e também recebi o comentário de uma amiga que não acha ruim a palmadinha. Ela ainda não tem filho e nem sei se mudará de opinião quando tiver, mas eu deixei claro que na minha filha eu não dou nem um tapinha e que não é por isso que ela não é educada, muito pelo contrário.

Claro que sei que ainda tenho muito pela frente, que com certeza perderei a paciência, mas eu rezo para nunca me descontrolar a este ponto, porque honestamente, me sentiria uma péssima mãe. Não só por ter dado um tapinha, mas por ter recorrido a algo tão absurdo e ter sido incapaz de usar as palavras.

DianaRamlow disse...

Dina,to com vc e nao abro..
nao concordo com pessoas que dizem que tapa educa,se educasse nao teriamos tantas pessoas com raiva dos tapinhas que levaram quando crianças...nao bato no rhyan,as vezes to num estado de nervoso grande,sento,respiro,me acalmo,afinal ele nao tem culpa se nos adultos vivemos stressados,tem gente que bate por qualquer coisinha,absurdooooooo...


sou totalmente a favor da campanha:
nao bata,eduque..

Tem um versiculo biblico que diz assim:

"corrija seus filhos e eles serao para voce motivo de orgulho e nao de vergonha"
(pv)(li isso hj nem sei onde exatamente..

corrigir nao significa bater
corrigir é ato de amor, e amor nao tem nada a ver com palmadinha "educativas" neh..

essa semana vi um video lindo a respeito de pais e filhos,sobre os exemplos que nos passamos aos nossos filhos que as vezes nem sabemos ..

bater é um exemplo disso.. se eu bato para educar,meu filho aprende a bater...

nao quero isso pra vida dele nao..

bjaooooo

Selma disse...

é Dina têm razão, também concordo com isso, mas confesso que já perdi a peciência algumas vezes e dei uns tapas na bunda dele sim, claro que não corrigiu, foi momentâneo o resultado. Inclusive ontem o pai deu um tapa na mão dele porque estava ligando e desligando o computador sem querer parar e ele ficou muito sentido, pois o pai nunca bate nele. Ficou olhando para o pai e repetindo.."você me bateu"...Cortou meu coração.

Que Deus nos dê muita sabedoria pra criar nossos filhos.

Bjs
Selma

Mariza Batista disse...

Dina,você foi muito feliz em suas colocaçóes. Sou totalmente contra a toda "educação" que envolva a violência. Como educadora de escola pública vejo como a violência afeta a cognição e a afetividade em nossas crianças. São meninos reprimidos e ao mesmo tempo agressivos,que extravasam as suas carências sendo mais mais violentos. Como mãe estou prestes a viver situações que irão além da mera teorização. Espero sinceramente ter serenidade para não me contradizer. Muito rico o debate! Beijos!

Anônimo disse...

É, você tem toda a razão. Quando a mãe bate no filho é pq tá com a cabeça quente, eu já passei por isso muitas vezes. E isso não educa. Educar de verdade dá muito mais trabalho e exige paciência e esforço, e é muito mais fácil pra nós, mães, irmos lá e darmos uma palmadinha. Meus filhos já levaram muita palmada, não me arrependo do que passou, mas hoje em dia eu vejo o quanto isso foi tolo da minha parte. O Sr.P agora está naquela fase complicada dos terrible twos e eu vi que castigo e palmada não resolve nada, ele precisa é entender porque não pode fazer aquilo, e tal. Aos poucos nós vamos aprendendo a educar nossos filhos da melhor maneira, realmente bater não é a melhor solução. Mas é preciso saber impor limites e não levar tudo no oba boa, culpando as birras de "fase" e deixando eles montarem em cima da gente. É necessário equilíbrio, muita leitura é o que nos ajuda, é isso o que eu faço, e vc fez bem em recomendar isso. Beijo.

Dea, a mamae da Nina disse...

seu post merece um premio.
Belas palavras, tudo muito bem explicado p nao ficar duvida q bater nao pode.
E nao pode mesmo.
Covardia q alem de tudo nao dá em nada pq ninguem q apanha aprende.
Eu apanhei e nao adiantou nada, ia la e aprontava mais, mentia........
Nina é uma menina levada, mas levada ao cubo to tendo q me segurar varias e varias vezes pq ela tem mania d bater em mim, no pai, na cachorra....
É criança mais meiga deste mundo, carinhosa de um jeito q nao creio qdo vejo ela tendo seus acessos.
Mas penso, respiro, dou uns gritos q nao sou d ferro mas nao bato e na maioria das vezes qdo o sangue nao ferve de vez eu falo baixinho e com paciencia, explico, seguro a mao.
Ela com o genio q tem se tivesse nascido num lar d quem apoia tapinha de educaçao ja teria levadas surras homericas......
Eu e meu marido nao batemos nao, as vezes ate da vontade mas no no no.
Bjs bjs bjs

Vanessa Dias disse...

Concordo com o post, bater não educa. Não serei hipócrita em dizer que nunca dei um tapa na mão do meu filho, eu estaria mentindo. As vezes sai no automático, mas não gosto e não me sinto bem por isso.
Concordo que maternidade exige dedicação e carinho e que as vezes cansa falar 1 milhão de vezes a mesma coisa. Mas faz parte e só depende de nós ensina-los bons principios e carater.

Por isso apóio que palmada não educa, mas não condeno que ja soltou um tapinha na mão de um filho que quase tomou um choque na tomada ou colocou a mão em um forno quente, as vezes mãe tb se precipita e comete erros, o que vale é reconhece-los.

Bjs

Meus dias com a Laura disse...

Ja vivemos em um mundo tao violento né,temos que dar amor,muito amor para nossos pequenos.

Recursos, Estratégias e Experimentos Didáticos 2021 disse...

Oi!
Eu não me acho moderna por educar sem bater, me acho correta.
E farei de tudo para não bater, vai ser mantra, maracujina e o que mais que tiver para me dar paciência.
Apanhei quando criança e a única coisa que passava na minha cabeça era que tava doendo e que eu ia fazer pior na próxima já q ia apanhar mesmo.
Não julgo minha mãe, ela fez o q achava melhor para gente, mas não vou fazer o mesmo com meu filho para ele não sentir o que eu sentia ou até mesmo coisa pior.
Um tapinha dói.
Marca para sempre.
Beijos
Ana Carolina

Laudiane disse...

só uma coisa a dizer: F-O-D-A!
Seus post foi assim

Me lembro qtas vezes apanhei da minha mãe, e sim, sentia medo, não respeito... o medo falava mto mais alto, sabia q se fizesse algo errado ia apanhar, e aquilo doía.. doía na alma...
Não quero que seja assim com meu filho, sim as vezes fico irritada, conto até 10, respiro fundo, canto uma música...

bater nunca me fez uma pessoa melhor, muito pelo contrário! até hoje sou medrosa e vivo na defensiva!

Talita Uoya disse...

Dina! Assino embaixo todas as suas palavras! Post perfeito! Beijos.

Mari Hart disse...

Apoiada! Eu acho que bater em uma criança é assinar um atestado de fracassada como mãe. O equilíbrio cabe a nós, adultos, e não as crianças em processo de formação educacional.

Bater ensina sim, mas ensina que bater é correto que já que somos referência para eles. Ensina que devemos resolver nossos problemas e frustrações com a força física, ao invés da força mental. Ensina a ter medo e não respeito, o que confundem muito. Quem diz que uma palmada não machuca, não se dá conta da agressão moral que está praticando que é a pior de todas. E ainda sou da teoria que criança que bate, é criança que apanha.

Suoer beijos, pena ter conhecido teu blog nas condições de hoje, pq adorei! =))