9 de março de 2012

Sex and the City e a maternidade





Hoje pela manhã assisti Sex and the city 2, eu já havia assistindo, isso em 2010, mas nessa época era diferente.

Ontem tivemos um papo no twitter super MEU MOMENTO, o tema era: Mãe também é gente.

Eu estou sofrendo, estou sentindo culpa, estou com medo.
Sempre fui tranquila com meus sentimos, nunca senti medo de errar, nunca senti medo de me perder.

Charlotte York* sempre quis ter uma família, filhos, e ela teve... anos depois ela surtou.
Ela sentiu a necessidade de não te-los, de ter um tempo só pra ela. Hoje eu me sinto como ela.

Por que nos sentimos mal em querer um tempo?
Por que nos sentimos fracassadas por assumir que precisamos do nosso espaço?
Por que sentimos medo de ser feliz e aproveitar certas coisas sem eles?

Quando eu ficava com o Fe em casa o dia todo eu era bem "liberal", desde os 6 meses o Fe dormia na casa da vovó, ou passava horas longe de casa. Hoje eu não consigo deixa-lo ir, sinto um vazio, sinto culpa, me sinto mal. Afinal já passo longas 9 hrs longe dele todos os dias, é justo nos FDS, ou fim de tarde me ausentar mais um pouco pra cuidar de mim?

Será que ele precisa tanto de mim quanto eu imagino?
Será que hoje não sou eu quem precisa muito mais dele, do que ele de mim?

Se saio sem o Fe penso toda hora em "se ele estivesse aqui". Esses dias achei injusto comer um sorvete sem estar com ele, vcs tem noção?
Mesmo muitas vezes eu precisando ficar sozinha, pra descansar, pra limpar a casa, pra fazer compras eu não consigo, meu medo de me tornar ausente faz com que eu cancele qualquer compromisso.

Até onde isso pode atrapalhar a minha vida?

Essa semana tomei coragem, vou enfrentar meus medo e vou me dedicar a mim também! Meu filho vai continuar a me amar, e eu vou continuar a ser uma boa mãe.

Eu preciso disso.

Me dedicar a maternidade não impede de eu me cuidar, ir ao salão no fim da tarde, a academia a noite, ou fazer compras sozinha, com calma, sem choro nos finais de semana.

Preciso trabalhar essa minha "intensidade", eu meu desejo de viver com urgência, preciso a aprender que a solidão é necessária. Preciso encontrar a Dina que fui há alguns anos, aquela que gastava o quanto queria com bolsas e sapatos não essa Dina de hoje, que compra apenas com brinquedos.

Sair pra namorar, ir ao cinema, jantar sem olhar para o relógio.
Preciso voltar a escolher o restaurante pelo tempero, não só pelo espaço recreativo.

Eu, que sempre me orgulhei por ser independente, hoje sofro por ser "mãe", por fazer a minha vida girar em torno do meu filho 24hrs por dia. Eu que sempre fui imprevisivel hoje sinto medo do desconhecido.

Tudo está mudando, eu aprendi, eu percebi meus erros, espero que daqui pra frente eu enfrente e supere essa dependência, quero esquecer todos os meus "e se..." e viver como deve ser.

Ser mãe sem se perder.
Me achar, me recuperar, me amar!