23 de novembro de 2010

Bater não!


Dia 19 de novembro é o dia Mundial Pela Prevenção da Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes. 
Eu não consegui vir aqui postar, nem tive cabeça pra elaborar algo.

Então trago a vocês um post divino, de uma mãe que eu admiro muito.





Um dia amigo meu perguntou: é possível criar uma criança sem palmadas? A resposta é simples: é possível manter um bom relacionamento com alguém em que tenha qualquer tipo de violência?

Ah, nessas horas sempre tem palpite, a história da tia-da-vizinha-do-torcedor-do-mesmo-time-da-manicure. Eu me pergunto, qual a enorme dificuldade que as pessoas tem de desassociar definição de regras da casa e violência?

As regras que existem tem um motivo - e não, não é fazer a crianças virar gente, não. Toda sociedade tem regras, cada casa tem a sua: regras de convivência, onde termina o meu e começa o seu. Eu não mato para não ser morta; eu não roubo para não ser roubada. Limites, para TODOS.

Então, quais são as macro-regras da casa?


  • Não pode se arriscar a machucar (muito).
  • Não pode machucar os outros.
  • Não pode quebrar as coisas dos outros.
  • Todos devem cumprir a palavra
  • Cada refeição tem seu horário

Definidas as regras claramente, você não se ofenderá quando a criança asquestionar (o que algumas pessoas erroneamente entendem como 'birras' ou 'desobediencia'). E as regras tem uma razão de ser, uma razão de existir - logo, repetí-las 1210391823 vezes até que a criança às interiorize faz parte do nosso trabalho como pais.

Sim, caso você não saiba bebês levam quase um ano para entender que existem sem a mãe. Toddlers, em situações emocionantes, ficam pré-históricos. No geral, crianças pequenas não conseguem expressar em palavras seus desejos e necessidades - e agem, da melhor maneira que podem. Se você ainda não compreendeu que seu filho tem algumas limitações, bem, quem merece uns tapas é você.

Não é difícil se imaginar no lugar da criança. Seu marido não lhe bate quando você queima o arroz, ou quando compra um vestido novo caríssimo que você não precisava. Seu chefe não dá uma palmada na sua mão porque você não conseguiu terminar o relatório. Você não bate naquele cara pentelho da religião esquisita que todo santo dia lhe enche os pacovás e não se liga que você não o quer. Não bate na sua mãe que insiste em te falar coisas bestas quando você está atrasado, cheia de birras, manhas e chantagens emocionais. Não bate na sogra que fica de mentindo e exagerando. Não publicar uma opinião é censura, evitar uma passeata de protesto é ditadura. Qual é a razão de bater nas crianças? Vai dizer que as pessoas não podem expressar seus sentimentos?

Criança é pessoa, merece respeito. Mas tem suas limitações - tal qual os adultos. Regras do tipo 'criança tem que ficar quieta', 'criança não deve entrar em conversa de adulto', 'criança não tem que querer' é negar o próprio desenvolvimento. É um capricho do adulto, não é educação.

Eu adoro acordos. 'Olha, a gente vai terminar de desenhar e vai arrumar todo o quarto'. Também sempre dá pra convencer usando brincadeiras ou opções lúdicas. Ou é sentimento de falta de atenção, de não se sentir ouvido/compreendido, sono, fome, muito estímulo. E em tempo: se você não quer mudar em nada sua rotina, sua vida, não deveria ter chamado mais alguém para morar com você se você não suporta o jeito de ser.


Post copiado do blog http://mamaecintia.blogspot.com

3 comentários:

Mariza Batista disse...

Muito bacana mesmo a campanha! As nossas crianças precisam mesmo é de muito amor e limites,claro,mas nunca deve ser confundido com pancadas!
Um beijo carinhoso e passa lá no Cantinho que tá rolando uma promoção da Bebêchila!
Mari
http://cantinhodoreiarthur.blogspot.com

Bianca Cainelli Facciolli disse...

Extremamente a favor!

Maria Thereza Pinel disse...

ADOREI o texto, e inclusive fui conhecer o blog da mamãe que escreveu o texto, e já estou seguindo! =D

Beijo!