27 de setembro de 2011

Eu continuo aprendendo...


"Como é que uma coisa assim machuca tanto, e toma conta de todo o meu ser..."

Pois é, é amor, é maternidade.

Quando o Felipe nasceu, eu senti uma amor imenso preencher o meu coração, eu achava ele um tanto sem graça, mas me convenci a esperar e ver como seria o próximo capitulo.

O Felipe foi crescendo, foi interagindo. Meu orgulho foi crescendo.
Eu não trabalhava, eu estava com ele 24 hrs por dia. Eu o amava, eu o odiava.
Eu brincava, eu perdia a paciência, eu chorava, eu sorria.
Eu deixava ele ir ali com muita facilidade. Achava loucura essas mães que diziam morrer de saudade por que o filho foi ao banheiro.

O tempo passou, o Felipe cresceu, fomos nos conhecendo mais, fomos nos adaptando, aprendendo, nos entendendo...

O amor incondicional sempre existiu. Mas o amor "fogo, paixão e loucura" ainda não tinha dado as caras.
Eis que de repente, o ciúme me consumiu, o medo da distância, a saudade doentia bateu a minha porta.

Quantas vezes escrevi aqui sobre o tamanho do meu amor por ele, sobre a imensidão das minhas alegrias por te-lo comigo. Hoje isso triplicou.

Eu cresci como mãe, ou preciso de terapia?
Eu não sei...

Talvez por ver tanta maldade nesse mundo eu me apeguei na pessoa mais pura que conheço, talvez por estar cansada de tantas "ironias" eu me entreguei a pessoa mais inocente que já vi.
Eu comentei isso com o Ivan ontem, de uns dias pra cá eu me sinto muito mais dependente dele, e do Felipe.

Acho que o fato de eu mudar alguns conceitos me fizeram embarcar essa maternidade obsessiva.
PRAZER x DEVER
CUMPLICIDADE x MATERNIDADE
IMPOSIÇÃO x LIMITE x EXCEÇÕES.

O tempo passa e nós mudamos, mudamos a maneira que vemos as coisas, mudamos a maneira de amar.
Maternidade e casamento. Os princípios são os mesmos.
Respeitar, tolerar, entender, aceitar. É o que traz a satisfação, é o que traz paz, é o que mudou pra mim.

Tem dias que tudo escapa, eu piro, mas hoje são minoria.
Se eu fosse escrever aqui o que mudei e aprendi eu ficaria horas.
Mas posso dizer que contar até 10, inspirar e expirar fizeram um bem imenso a minha família e a mim.

Hoje eu sinto necessidade da minha família, uma necessidade muito maior do que eu sentia antes...
Me sinto enfim 100% em paz.
Acho que tudo mudou quando aprendi a fazer meus deveres com prazer.
Quando me rendi 100% a alegria do meu filho.
Sou mãe, sou amiga, sou esposa, somos cumplices. Nos entendemos, nos completamos. Nós três, como se fossemos um só.


Eu aprendi a relaxar, a não gritar, muito menos me frustrar. Depois que cheguei o mais próximo possível do domínio da paciência meu filho mudou, ficou mais obediente, me ouve, me entende, me respeita.

Acho que essa minha possessividade se resume em FELICIDADE.
Se resume em acerto. Em estarmos em sintonia, em nos fazermos felizes.
Eu sei que não aprendi nem 10% do que a maternidade precisa, mas hoje eu alcancei um objetivo. Errei, chorei, pirei, mas respirei e venci essa etapa.

E que venha os novos aprendizados, acompanhados por sabedoria, discernimento, respeito e tolerância.

E eu que pensei que nunca mais teria dias de tranquilidade.
Eu que me imaginei boa parte da minha vida brigando com uma criança, e gritando pela roupa que o marido jogou pela casa.

E você? Já alcançou a harmonia que sempre sempre desejou?
Aonde você quer chegar?

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