23 de agosto de 2013

Meu filho está sendo deixado de lado.



Há dias eu tenho conversado com o Ivan, e em alguns fóruns no facebook,  sobre o Felipe estar ficando de lado, sempre.

Um dia ele era o rei da casa, filho único.
Agora ele é o mais velho, o mal educado, o rebelde.

A Helena começou com suas gracinhas, gargalhadas e sorrisos, e o povo pira.
O Felipe anda agitado, aprontando, agressivo.
Dos dois quem as pessoas querem ficar juntinho? Da Helena. Lógico, apesar de tudo ela dá menos trabalho.

Faz um mês mais ou menos que o Ivan e eu estamos sofrendo com isso, talvez as pessoas não percebam, mas nós vemos e sofremos calados ao ver nosso pequeno sendo deixado de lado.
Aqui em casa ele já não é prioridade, ouve tantos "já vou", é justo ser assim também com os familiares que ele ama?

Ele precisa passar por isso, aprender a lidar com as frustrações, mas isso pode ser amenizado.
Quando eu engravidei alguém me disse: "Dina, entenda que quando a Helena nascer o Felipe vai precisar muito de você, de quem ele ama, de carinho.  A Helena vai precisar de colo, cuidados e alimento, tanto faz quem faça isso por ela, a prioridade é ele, e quem ele solicitar..." Eu achei essa frase cruel, como assim? Minha bebê precisa da mãe! Mas hoje eu entendo perfeitamente.

Fico triste em ver meu pequeno num cantinho sozinho enquanto todos babam na mais nova. As pessoas acham que por ele estar ali brincando de carrinho no chão ele não sente. Ô se sente. Por isso ele quer chamar a atenção, fazendo bagunça, sendo agressivo com quem ele mais gosta. Algumas vezes ele desconta na Helena, e depois sofre arrependido.

Eu entendo isso, tô tentando encontrar um equilíbrio entre a educação e a compreensão, mas está difícil. Por que dói tanto em nós ve-los magoados?
Confesso que queria sumir e leva-lo comigo pra um mundo onde eu nunca o veria sofrer.
Confesso que tudo seria mais fácil se ele fosse amado com a inocência que ama.

Dia desses durante um desabafo uma amiga me disse que apesar de tudo e de todos estamos sozinhos nessa jornada, Felipe, Helena, Ivan e eu. Somos nós e fim, afinal os outros não vão estar disponíveis sempre, e quando estiverem nem sempre estarão de bom humor ou serão compreensivos.

Meu filho pode sempre contar comigo, ontem refleti muito, quase não dormi e hoje decretei: Vou esquecer a casa, o sono, o meu lazer, pelo menos por enquanto ele precisa de mim, farei por ele o que só eu tenho obrigação. Deixarei ele crescer, aprender, amar, tropeçar, cair e levantar, mas sempre estarei aqui, zelado por ele e. Sou mãe, sou leoa, falo, brigo, luto. Doa a quem doer!

E vcs meninas?
Como lidaram com essa fase da rejeição e do ciume?